Há pouco mais de um mês Arapiraca viu o efeito catastrófico da imposição de poder masculino sobre a mulher, trabalhadora, mãe e cidadã brasileira. A professora Claudenice Oliveira Pimentel que teve sua voz silenciada por mais um ato entre tantos outros de violência contra mulher. A professora ao contrário de tantas mulheres era instruída e não dependia financeiramente do companheiro, mas segundo parentes e vizinhos sofria agressões constantemente.
Para refletir um problema social:
Mas o que é violência contra a mulher?
Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.
Essa violência é a ação imposta do poder exercido historicamente pelo homem sobre a mulher que leva á dominação e a discriminação contra as mulheres impedindo-as de avançarem rumo a sua emancipação.
Mas por que mulheres como Claudenice são silenciadas?
Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. As explicações são desde a vergonha até a dependência emocional e financeira do agressor, a preocupação com os filhos, por medo de apanhar ainda mais ou para não prejudicar o agressor.
Há alguma coisa a fazer?
Coragem para denunciar!
As mulheres que sofrem violência podem e devem procurar qualquer delegacia, é preferível as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher(DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM).Existem também os hospitais e universidades que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
Como é a denúncia?
Ao registrar a ocorrência na delegacia, é importante relatar todos os detalhes e levar testemunhas, se existir, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.
Dependendo do tipo de crime, a mulher pode precisar ou não de um advogado para entrar com uma ação na Justiça. Se ela não tiver dinheiro, o Estado pode nomear um advogado ou advogada para defendê-la.
Muitas vezes a mulher se arrepende e desiste de levar a ação adiante.
Em alguns casos, a mulher pode ainda pedir indenização pelos prejuízos sofridos. Para isso, ela deve procurar a Promotoria de Direitos Constitucionais e Reparação de Danos.
A professora Claudenice foi mais um caso entre tantos, em que a população não toma conhecimento , ora por falta de interesse da mídia ora pelo silêncio das vítimas.
Fontes: www.violenciamulher.org.br ; www.cepia.org.br ; www.quebreociclo.com.br
Crédito da imagem: maisa5.blogspot.com
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