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07 setembro 2011

Mulheres ainda se calam em meio à violência


Há pouco mais de um mês Arapiraca viu o efeito catastrófico da imposição de poder masculino sobre a mulher, trabalhadora, mãe e cidadã brasileira. A professora Claudenice Oliveira Pimentel que teve sua voz silenciada por mais um ato entre tantos outros de violência contra mulher. A professora ao contrário de tantas mulheres era instruída e não dependia financeiramente do companheiro, mas segundo parentes e vizinhos sofria agressões constantemente.

Para refletir um problema social:

Mas o que é violência contra a mulher?

Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.

Essa violência é a ação imposta do poder exercido historicamente pelo homem sobre a mulher que leva á dominação e a discriminação contra as mulheres impedindo-as de  avançarem rumo a sua emancipação.

Mas por que mulheres como Claudenice são silenciadas?

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. As explicações são desde a vergonha até a dependência emocional e financeira do agressor, a preocupação com os filhos, por medo de apanhar ainda mais ou para não prejudicar o agressor.

Há alguma coisa a fazer?

Coragem para denunciar!

As mulheres que sofrem violência podem e devem procurar qualquer delegacia, é preferível as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher(DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM).Existem também os hospitais e universidades que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

Como é a denúncia?

Ao registrar a ocorrência na delegacia, é importante relatar todos os detalhes e levar testemunhas, se existir, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.

Dependendo do tipo de crime, a mulher pode precisar ou não de um advogado para entrar com uma ação na Justiça. Se ela não tiver dinheiro, o Estado pode nomear um advogado ou advogada para defendê-la.

Muitas vezes a mulher se arrepende e desiste de levar a ação adiante.

Em alguns casos, a mulher pode ainda pedir indenização pelos prejuízos sofridos. Para isso, ela deve procurar a Promotoria de Direitos Constitucionais e Reparação de Danos.

A professora Claudenice foi mais um caso entre tantos, em que a população não toma conhecimento , ora por falta de interesse da mídia ora pelo silêncio das vítimas.


Fontes: www.violenciamulher.org.br  ; www.cepia.org.br  ;  www.quebreociclo.com.br 
Crédito da imagem: maisa5.blogspot.com

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