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23 janeiro 2012

Relato do Secretário da Presidência da República Afirma que Pinheirinho foi "Agredido de Forma Brutal"

A Constituição da República Federativa do Brasil garante no caput do artigo 6° ,dentre outros direitos sociais,o direito à moradia.
Gilberto Carvalho condena as ações da PM:Ministro critica ação da PM na desocupação do Pinheirinho.
OAB denuncia mortes na desocupação do Pinheirinho,o que reforça a notícia de que Guarda Metropolitana estava armada e atirou contra população e jornalistas .Veja aqui
Governo de São Paulo presta um desserviço a população em detrimento da especulação imobiliária Veja mais aqui.


Comunidade do Pinheirinho foi agredida "de forma brutal", diz secretário

Daniella Jinkings, Edição: Aécio Amado, Repórter da Agência Brasil
23/01/2012
Brasília - O secretário nacional de Articulação Social, Paulo Maldos, manifestou hoje (23) indignação com a ação da Polícia Militar (PM) de São Paulo durante as tentativas de reintegração de posse na ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). Ontem (22), Maldos foi atingido por uma bala de borracha disparada por policiais militares após tentar dialogar com oficiais da PM.
Há dois dias que moradores e a PM estão em confronto por causa da reintegração de posse do terreno. A polícia atirou bombas de gás lacrimogêneo e disparou balas de borracha para conter as pessoas que resistiam à reintegração. “A comunidade de Pinheirinho foi agredida de forma brutal”, disse o secretário.
Maldos foi designado pela Secretaria-Geral da Presidência da República para dialogar com a comunidade e o governo do estado. “Fui ver as perspectivas para construir um programa habitacional para aquela comunidade. Fui passar o dia para conversar sobre a possibilidade de verticalização, construção de prédios”.
Quando chegou ao município, por volta das 8h desse domingo, o secretário foi informado de que havia forças policiais no local. Segundo ele, houve tentativa de diálogo com os policiais da Tropa de Choque da PM de São Paulo. “Ouvi os gritos dos policiais dizendo para eu voltar. Peguei um cartão da Presidência da República, mas recebi armas apontadas para mim”.
Após recuar e conversar com moradores, Maldos disse que a PM começou a lançar bombas de gás lacrimogêneo. De acordo com ele, não houve nenhum tipo de provocação dos manifestantes. “Estavam todos perplexos com aquela situação. Quando estava de costas, recebi tiros dados pela Tropa de Choque, que me atingiram na perna. Tenho militância há algumas décadas e é a primeira vez que sou agredido dessa forma”.
Desde o início da manhã de ontem (22), a PM cumpre uma ordem da Justiça Estadual para retirar cerca de 9 mil pessoas que vivem no local há sete anos e 11 meses. O terreno integra a massa falida da empresa Selecta, do investidor Naji Nahas. A Justiça Federal decidiu pela não desocupação do terreno, mas a polícia manteve a reintegração obedecendo ordem da Justiça Estadual.  
Representantes da Secretaria de Direitos Humanos, que também estiveram no local, registraram imagens de outra ação imprópria da Polícia Militar. De acordo com o secretário, muitos moradores foram levados a uma igreja. Na noite de ontem (22), um carro da PM parou em frente ao local e atirou bombas de gás nas famílias. “Atiraram também contra a Polícia Rodoviária Federal”.
Segundo Maldos, havia um acordo entre os governos federal, estadual e municipal que estabelecia 15 dias de trégua para criar uma proposta para os moradores. Além disso, há uma decisão da Justiça Federal que suspende a reintegração de posse. “Houve uma agressão ao pacto federativo. Tínhamos esses dois acordos, que para mim era incompatível com aquela realidade de presença militar ostensiva”.
O governo de São Paulo e a Polícia Militar ainda não se manifestaram sobre a truculência da operação policial no Pinheirinho. Segundo Maldos, o governo federal permanece aberto ao diálogo e não vai mudar a forma de lidar com a situação.

16 janeiro 2012

Silicone deu defeito? Um problema para levar no peito e não no bolso de todos os brasileiros




12,5 mil mulheres no Brasil colocaram próteses de silicone da fabricante francesa PIP e outras 7 mil da holandesa Rofil.
Foi detectado no material utilizado pelas empresas um produto semelhante ao do tipo industrial que é de baixa qualidade. São substâncias potencialmente tóxicas, e a prótese tende a romper mais cedo do que as de alta qualidade.
Agora países que utilizaram das marcas anunciaram o recall, o que levou as autoridades de Saúde com o aval da presidente Dilma, determinar que tanto o SUS quanto os planos de Saúde devem pagar a troca das próteses rompidas, sem colocar empecilho às mulheres que fizeram a cirurgia por estética para aumentar os seios e também as que fizeram por motivo de reparação à cirurgia mutiladora das mamas.
Há um tempo relevante a sociedade por influência da mídia impõe a mulher um padrão de beleza, onde o culto à seios fartos ,bumbum empinado e corpo esbelto vem ajudando na banalização de  cirurgias plásticas, onde os critérios de saúde foram abandonados a ponto de termos por aí um grande número de mulheres portando próteses de silicones predispostos a rompimento.
No Brasil é permitida desde adolescentes de 15 anos a senhoras entre 50 e 60 anos a realização desse tipo de intervenção cirúrgica, ora, já para uma tatuagem só é permitido para maiores de 18.
Existe um estratagema de Marketing em prol do silicone para encucar a mulherada que vai desde Reality Show (Dr Hollywood) a programas de entrevistas onde médicos bem conceituados afirmam erroneamente que prótese de silicone facilita a prevenção de câncer.
O fato é que essas intervenções cirúrgicas custam caro, e levando em consideração que toda cirurgia requer pelo menos um critério entre profissionalismo e qualidade que deve ser respeitado, com isso conclui-se que uma mulher que opta por silicone nos seios por estética basicamente não é usuária do SUS,visto que, se pode arcar  com um custo desses por fatores estéticos então com certeza não ficou mais de um mês esperando apenas por uma mamografia e nem vou falar da demora para o tratamento das mulheres que detectaram o câncer.
Sou Solidária as mulheres que colocaram esses silicones das referidas marcas, até acho que o SUS poderia retirá-los se rompidos, porém, os que foram colocados por fator estético a substituição não é da minha conta e muito menos dos milhões de brasileiros que acordam na madrugada e enfrentam filas enormes nas portas de postos de saúde para talvez conseguir um atendimento ou ainda dos que chegam em hospitais e ouvem que não tem leito para internação.
Quer fazer Política Pública de verdade para Mulheres senhora Presidente Dilma? Então leia as resoluções aprovadas na última Conferência de Mulheres realizada no ano de 2011 e vá além da estética.

13 janeiro 2012


Em encontro Histórico PCdoB e PT de Arapiraca definem o fortalecimento da   esquerda  no município.
Os dois partidos se reuniram na tarde da última quinta-feira com o objetivo de formalizar a manuntenção da união entre os partidos da base do governo Dilma e intensificar o fortalecimento da esquerda em Arapiraca.
“Temos mais convergências do que divergências,e nada mais natural que os dois partidos construam juntos uma alternativa progessista que acolha os anceios da sociedade arapiraquense”,destacou o vice-presidente do PCdoB de Arapiraca Jairo Campos que também é Reitor da UNEAL.
Dado o passo inicial através desta primeira reunião,o PCdoB que tem entre seus principais quadros o professor e líder sindical  Washington Viana, e o PT que é participante da atual gestão do município com o ex-presidente do partido ocupando o cargo de Secretário de Cultura e Turismo,analisam uma possível coligação no próximo pleito eleitoral.

A Cracolãndia e os Direitos Humanos?

Estou postando um vídeo produzido na madrugada de domingo para segunda na cracolãndia onde pessoas que tem direitos a serem respeitados inclusive o de se negarem a falar ou ter sua imagem preservada falam sobre sua condição na sociedade.O vídeo foi ao ar no programa Segunda Dose pela #PosTV.
" Uma parcela da sociedade decidir que um outro grupo não tem o direito de viver no mesmo local é uma atitude que bebe em princípios nazistas e fascistas. Políticas higienistas, autoritárias…"

O papel da Mídia e a lesão de Direitos Humanos na Cracolândia


Bem,tentei me abster por um tempo do debate sobre o "mal" da Cracolândia,mas,é impossível negar o fato de que os usuários de crack nunca na história desse país (usando a célebre frase do ex-presidente Lula) foram tão jogados na lama como está sendo feito agora.
Em 2011 o intelectual Fernando Henrique Cardoso do PSDB causou polêmica ao lançar o  documentário Quebrando tabus onde defendia arduamente a legalização da Maconha,talvés, porque seja apenas uma "ervinha" bem mais popular entre uma parte significativa de intelectuais brasileiros que o crack. A verdade é que FHC insistentemente atribuiu a resolução do problema das drogas à Saúde Pública, que deve ter provocado no governador de São Paulo Geraldo Alckmin uma avalanche de sentimentos e dentre eles o ciúme da repercussão provocada pelo anseio de debater as drogas e  tentar chegar a uma solução.
Geraldo Alckmin neste ano que se inicia, assume a abertura do debate envolvendo usuários de crack por meio de seguidos e inesgotáveis erros cometidos há quase duas semanas na ação que o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura realizam no centro da capital paulistana, na região denominada Cracolãndia.
É divulgada pela Mídia como uma ação para reprimir o tráfico, mas o que fica claro é a perseguição e expulsão dos usuários sem nenhum respeito a dignidade humana ,a ação é literalmente tocada pela Polícia Militar sem nenhum aparato de Saúde Pública ou Assistência social.
Não sou daquelas que não defendem a presença da polícia, pelo contrário acho necessária, agora não dá para jogar a responsabilidade em cima de um segmento, toda ação voltada para combate às drogas precisa ser articulada com todas as raízes desse problema.
O saldo da ação é de meio quilo de crack apreendido pelos quase 300 policiais militares, 117 viaturas, 26motos, 40cavalos, 12 cães farejadores e um helicóptero. (ou seja, muito barulho para nada!).
A Cracolândia por si só já era marginalizada, pela grande quantidade de usuários concentrados 24hrs por dia ,pelo abandono de políticas públicas voltadas ao viciado e o despreparo dos governos do PSDB que se não me engano governam o Estado de São Paulo por 16 anos e nunca acabaram com a  Cracolândia e nem agora com toda a repercussão vão acabar.
O saldo real é uma legião de doentes espalhados por toda a cidade, inclusive menores de idade, sendo tangidos na base da paulada  sem ter para onde ir ,a população com medo do que possa acontecer, e o mais grave e inacreditável fato que o governo deixa transparente é de não ter a mínima intensão de  tratar essas pessoas minimamente e sim jogá-las mais fora e se ainda é possível mais marginalizada ainda da sociedade.
São zumbis andando por uma cidade que não os quer, estão mortos, e a mídia ainda crava a cruz para fechar o caixão, sedenta por imagens os filma sem nenhuma autorização, veja a frase de um usuário: ¨não me filme! Você gostaria que seus filhos o vissem dessa forma?, não me filme!Não quero que minha filha me veja na televisão usando crack!¨-Como um zumbi não tem direito o jornalista da rede-TV mostrou a cara do usuário.

05 janeiro 2012


Reproduzo a  matéria publicada na Carta Capital sobre o caso do Ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho ,não porque queira defender o ministro e sim pelo fato de entender que o Brasil precisa superar um grave problema de gestão.Quem por aí nunca ouviu que determinadas secretarias receberam recursos do Governo Federal e estes voltaram para a origem por falta de projeto?E quando a Presidente Dilma encarregou os parlamentares de vincular uma forma para aumentar os recursos para custear a saúde ?os mesmos só pensavam em criar novo emposto,mas remanejar gastos era uma arte indecifrável para os soberanos na atividade de aumentar os próprios salários.

A verdade é que ganhar eleição é só uma etapa ,e o desafio maior é saber gerenciar as expectativas e necessidades de todo um povo.



Copo meio cheio, meio vazio

Em 2 de janeiro, primeiro dia útil de 2012, o ministro Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional, tornou-se o primeiro novo alvo do governo Dilma Rousseff, que em doze meses demitiu seis integrantes do primeiro escalão por suspeitas de corrupção – evaporadas das páginas de jornais tão logo deixaram seus assentos.
Com base em levantamento feito pela ONG Contas Abertas, o jornal Estado de S.Paulodestacou, em sua manchete, que o ministro pernambucano beneficiou seu reduto eleitoral ao destinar 90% de verbas de prevenção e preparação de desastres naturais para obras iniciadas em 2011 em Pernambuco, estado governado pelo padrinho político Eduardo Campos (PSB).

O ministro Fernando Bezerra, durante a coletiva. Foto: Agência Brasil
Bezerra, ex-prefeito de Petrolina, acabava de transferir seu domicílio eleitoral para Recife e tem, como se vê, claras chances de disputar a prefeitura da capital – o que desagrada inclusive o PT local, liderado pelo prefeito de Recife, João da Costa.
Nas contas da reportagem doEstado, dos gastos autorizados e pagos em 2011, Pernambuco recebeu 14 vezes mais do que o segundo colocado, o Paraná, onde chuvas fortes provocaram enxurradas e deslizamentos no ano passado.
Por esta rubrica, Pernambuco recebeu 25,5 milhões de reais, contra 1,8 milhão liberado para o Paraná. Ao todo, 28,4 milhões de reais foram pagos em obras autorizadas pelo ministério em 2011 para a prevenção de desastres naturais. São Paulo, por exemplo, não recebeu nada dos 31 milhões de reais previstos para a construção de reservatórios para conter cheias na região metropolitana.
As contas, porém, precisam ser vistas com calma. Isso porque o Ministério da Integração não é a única pasta do governo responsável por obras para prevenção, uma tarefa também de municípios e governos estaduais. Em São Paulo, o estado mais rico da federação, por exemplo, o govenador Geraldo Alckmin (PSDB) só havia conseguido construir quatro dos 23 piscinões anti-enchentes previstos.
O governo federal interfere em áreas de risco com outros recursos – em municípios em situação de emergência, libera recursos para reconstrução (como moradias subsidiadas) e liberação do saque do FGTS para as famílias atingidas pelas chuvas. Caso da região serrana do Rio de Janeiro, que sofreu com enchentes e deslizamentos no início do ano passado.
Pelo governo federal, há programas sob a coordenação do Ministério das Cidades, como o PAC 2, que prevê investimentos de 11 bilhões de reais para contenção de encostas em áreas de risco e obras de drenagem, para evitar enchentes e inundações.
Ainda assim, quando se olha o total dos investimentos apenas do Ministério da Integração, a leitura da denúncia muda de figura. Ao todo, segundo o ministério, a execução financeira da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) foi de 155 milhões de reais para obras de prevenção em 2011. Outros 915 milhões de reais foram investidos na reconstrução e resposta a desastres por meio tanto de recursos provenientes da Lei Orçamentária Anual e de Medidas Provisórias.
De acordo com a nota emitida pelo ministério na terça-feira 3, há investimentos em prevenção por meio de secretarias, como a de Infraestrutura Hídrica (SIH) e obras para canalizações de córregos, dragagem de canais, a construção de galerias pluviais, bocas-de-lobo, pavimentação de ruas, contenção de encostas, desassoreamento e recuperação de sistemas de drenagem. Nada disso foi levado em conta pela reportagem do Estado, que se fiou apenas na rubrica “prevenção” da Defesa Civil.
“Neste programa da SIH foram liberados, só em 2011, 130 milhões de reais, sendo 57 milhões para Bahia, 32 milhões para Rio de Janeiro, 12 milhões para Santa Catarina, 10 milhões para Tocantins, 10 milhões para Roraima, 5,6 milhões para Pernambuco e 1,9 para Rio Grande do Sul”, diz a nota.
Fazendo-se as contas, segundo o ministério, Bezerra explicou que, do total de 98,3 milhões de reais do orçamento para Pernambuco, 70 milhões foram destinados a obras preventivas – e não só os 25 milhões levados em conta pela reportagem.
“Não existe política partidária, miúda, pequena. Não posso aceitar discriminação contra nenhum estado, não se pode discriminar Pernambuco por ser o estado do ministro, não é correto”, defendeu-se Bezerra, que interrompeu suas férias para prestar esclarecimentos em uma entrevista coletiva na quarta-feira 4.
O suposto direcionamento para Pernambuco ganhou, nas páginas do Estadão, cores de “escândalo”. A reportagem também parece ter irritado Dilma Rousseff, que teria “ordenado” a adoção de critérios técnicos para esse tipo de obras (quais, como, quando, não se sabe).
O que se sabe, segundo o Estadão, é que governadores dos estados supostamente prejudicados pelo ministro não entraram no denuncismo. Em Minas Gerais, que vem sofrendo com as chuvas nas últimas semanas, o tucano Antonio Anastasia saiu em defesa do ministro, classificado como “um amigo de Minas”. Sergio Cabral, do Rio, também desconversou, segundo o próprio Estadão: “Não temos o que falar do governo federal, a não ser agradecer”.
Quem também desmentiu a “denúncia” foi Eduardo Campos (PE), o “padrinho” do ministro. Segundo ele, os 25 milhões de reais liberados para Pernambuco foram acertados com a própria Dilma Rousseff em razão de desastres provocados pela chuva na região da Mata Sul. Dilma perguntou como poderia ajudar, Campos disse que tinha um projeto pronto para construção de barragens na localidade (Panelas II e Gatos), e os recursos foram disponibilizados.
Segundo Bezerra, Pernambuco foi o estado que apresentou os projetos mais urgentes e a seleção foi feita com base em critérios técnicos, com aval da Casa Civil da Presidência da República e do Ministério do Planejamento.
Em 2010, as fortes chuvas na região provocaram 20 mortes e, segundo a nota, cerca de 80 mil pessoas foram desabrigadas e desalojadas. Os prejuízos chegam a mais de 1 bilhão de reais.
Campos lembrou que, naquele ano, quando Bezerra nem era ministro, Pernambuco recebeu 275 milhões de reais da pasta – menos, portanto, do que o estado recebeu no ano seguinte.
Portanto, há meio copo cheio, meio copo vazio nesta história. A imprensa, mais uma vez, só mostrou uma parte.